domingo, 14 de outubro de 2018

Primeiro mataram meu pai - Loung Ung



Resenha


Este livro é a história Loung Ung e sua família no período pelo qual o governo comunista comandado por Pol Pot agiu de forma tirânica sobre a população marcada por trabalhos forçados, torturas e execuções. Estima-se na nota da autora que 1/4 da população morreram, por fome, execuções, trabalhos forçados e execuções.
Loung Ung de classe média, composta por seu pai (funcionário do Governo), mãe e sete irmãos ( 3 meninos e 4 meninas - incluindo Loung).
Com o domínio comunista tiveram que fugir da cidade de forma clandestina como camponeses para o interior. No entanto, seu pai é descoberto e morto, bem como sua mãe. Uma irmã Kevia é morre em Hospital sem recursos - extenuada por doença. Loung, uma criança mimada aos cinco anos, terá a sua vida mudada, marcada, como trabalhadora e menina-soldado.
Loung Ung e seu irmão mais velho e esposa, após estarem em campo de refugiados na Tailândia irão morar nos EUA em 1980. A questão de refugiado é assunto tratado no livro, como ponte de sonho, mas verifica-se que a realidade em contrária a uma visão romanceada.
O livro é uma luta de sobrevivência contra tantas intempéries que forjam de forma indelével um ser humano com vários traumas e pesadelos.

PS. Em pesquisa dá a entender o porquê dos deslocamentos de tantas pessoas para as fazendas e trabalhos forçados que autora no livro narra:
Houve esvaziamento das cidades, migração da população para fazendas coletivas, onde era submetida a um regime de trabalho forçado. Além disso, houve o fechamento de hospitais, escolas, bibliotecas e monastérios, entre outros, bem como foram abolidos a propriedade privada, os salários e foi iniciada uma intensa perseguição contra minorias étnicas e grupos intelectualizados da sociedade. Abolição da religião, os budistas foram perseguidos.
"Monastérios budistas foram fechados pelo governo, seus monges foram presos e milhares desses religiosos foram mortos". site https://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/genocidio-cambojano.htm


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