sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Um pouco sobre Gabriel García Márquez



"Gabriel García Márquez, também conhecido por Gabo, nasceu em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia, filho de Gabriel Eligio García e de Luisa Santiaga Márquez,[4][5] que tiveram ao todo onze filhos. Logo depois que García Márquez nasceu, seu pai se tornou um farmacêutico. Em janeiro de 1929, seus pais se mudaram para Barranquilla,[6][7] enquanto García Marquez permaneceu em Aracataca. Foi criado por seus avós maternos, Doña Tranquilina Iguarán e o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía.[6][8] Quando ele tinha oito anos, seu avô morreu, e ele se mudou para a casa de seus pais em Barranquilla, onde seu pai era proprietário de uma farmácia.
Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão.
Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites; sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, "Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso", pensou "então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?". Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.

Seus livros alcançaram repercussão na Europa nos anos 1960 e 1970. Seus livros refletiam sobre os rumos políticos e sociais da América Latina, e, de maneira mais abrangente, sobre a condição humana, especialmente da solidão. Afirmou o autor que toda sua obra foi um esforço em escrever um único livro: “O livro da solidão”.[9] Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" (A revoada; ou O enterro do diabo, em algumas edições em português), publicado em 1955. O livro Relato de um náufrago, que conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco, foi publicado em edições semanais no "El Espectador", e só foi publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse. Em 1961, publicou "Ninguém escreve ao coronel", obra que, embora tenha representado um grande avanço no sentido de alcançar o domínio estrutural do romance, ainda não prenunciava o modo maravilhoso que iria guiar seus romances futuros. Ainda em 1962, publica outro romance, O veneno da madrugada, além de outro volume de contos, Os funerais da Mamãe Grande. Até então, a fama de García Márquez enquanto narrador estava circunscrita ao meio literário colombiano. Somente em 1967, quando publica Cem Anos de Solidão - obra prima que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração -, considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo maior do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico", é que o autor começa a ter seu talento reconhecido mundialmente. [10] Aclamado instantaneamente como um dos maiores romances do século XX, Cem anos de solidão garantiu que a expectativa sobre os livros de García Márquez, daí em diante, fosse sempre a máxima possível. Ao sucesso absoluto de Cem Anos de Solidão seguiu-se a publicação de um outro volume de contos, A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua avó desalmada (1972), mais uma obra que exercitava o modo do real-maravilloso (como conceituara Alejo Carpentier). Depois de anos sem publicar nenhum romance, García Márquez escreveu aquele que considera como seu maior logro literário, O outono do patriarca (1975), livro que relata a história de um ditador sul-americano, com contornos prototípicos, que vive a situação absurda e solitária do "poder total". De tal maneira o livro foi bem-sucedido do ponto de vista da observação da alma interior daquele que detém o poder, que mereceu do general Omar Torrijos, que comandou o Panamá em estado de exceção de 1968 até 1981, a afirmação de que “’O seu melhor livro é O outono do patriarca: todos somos assim como você diz’”. [11] Em 1981, publica novo romance, Crônica de uma morte anunciada, baseado na trágica história acontecida a Santiago Nasar, assassinado em frente à sua casa, depois de sua morte ter sido anunciada, sem que soubesse, a toda a cidade. Seu último grande livro foi O amor nos tempos do cólera, publicado em 1985, após ter sido laureado com o prêmio Nobel de Literatura, em 1982. O livro narra a história do amor de Florentino Ariza por Fermina Daza, livremente inspirado na história dos pais de García Márquez. Suas novelas e histórias curtas o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002, publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. García Marquéz apontou, entre outros, como seus mestres os escritores Norte-Americanos William Faulkner e Ernest Hemingway."



Extraído do site https://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel_Garc%C3%ADa_M%C3%A1rquez
Foto extraída do Google


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Cem anos de Solidão - Gabriel Garcia Márquez


Cem Anos Solidão


Resenha



O livro Cem anos de Solidão é extremamente rico, fantástico, na composição dos personagens, da narrativa, das surpresas, superstições, mitos, política, economia, religiosidade, poder e a finitude e solidão do ser humano.
A história começa com o casamento entre dois primos José Arcandiao Buendía e Úrsula, que tem medo gerar “iguanas” e por isso postergou a consumação do matrimônio por mais de ano. Tal fato passou a ser pilhéria para a coletividade e que gerou o ponto de seu marido brigar e matar Prudencio Aguillar com uma lança no pescoço. Com a morte teve que conviver com o fantasma de Prudencio Aguillar em casa e diante de tal perseguição marido e mulher e outras pessoas amigas saíram e formaram uma aldeia chamada Macondo.
Em Macondo  o casal tiveram três filhos normais: José Arcandio, Aureliano (tinha presságios e nasceu com olhos abertos) e Amaranta e uma adotada Rebecca ( que tinha o hábito de comer terra, cal da parede e colocar o dedo na boca e trouxe a peste da insônia, mas banida através de antídoto do cigano Melquíades).
Nesta aldeia, sempre chamava atenção à vinda de ciganos, particularmente Melquiádes que mostrava as novidades do mundo, imã, a alquimia, bússola etc.
José Arcandio pai chegou às rias da loucura e preso na amendoeira até a morte. Aureliano filho teve uma vida intensa: promoveu 32 revoluções armadas e perdeu todas. Escapou de 14 atentados, setenta e três emboscadas, um pelotão de fuzilamento e e desfechou um tiro de pistola no peito sem que o projétil atingisse algum órgão vital. Teve dezessete filhos varões de dezessete mulheres diferentes, todos foram  assassinados e morreu na velhice. Era do partido liberal.  Já José Arcanjo filho morreu em casado com Rebecca.
Pilar Ternera (lia cartas- gostava de amar) foi amante dos dois homens e com eles teve dois filhos criados pela Ùsula: Arcadio (com Santa Sofia de La Piedad  teve uma filha e dois gêmeos: Remédios ( era denominada a bela, tinha hábitos distintos e sumiu levitando), José Arcádio Segundo e Aurealiano Segundo) - foi fuzilado por ser transformar um ditador)  e Aureliano José –  que foi assassinado por capitão no teatro.
Aureliano Segundo casou-se com Fernanda e manteve a sua concubina Petra Cotes. Com a esposa teve três filhos: José Arcádio ( o ideal da Úrsula é que se tonar-se padre, quiçá papa – mas foi assassinado e roubado), Meme (ficou grávida de Mauricio Babilônia (levou um tiro quando ia visitar a amada e ela internada no convento). A criança Aureliano ficou escondido em casa, como bastardo, aquele apareceu no cesto levitando, conforme o desejo de Fernanda) e a terceira filha Amaranta Úrsula foi enviada para a Bruxelas.
O bastardo Aureliano está na casa em Macondo, quando Amarants Úrsula volta casada com Gáston.
Mas o destino irá fazer que Aureliano e Amaranta e Úrsula tenham ser enamorados e esta venha a morrer após o parto de um menino com rabo de porco, que será comido por formigas.
Aureliano saberá ler em sânscrito os pergaminhos deixando por Melquíades a história de sua família no período de 100 anos, os eventos até o sumiço de Macondo por um furacão.
Enfim: teremos os seguintes pontos:

a)      Macondo cresce, traz riqueza, novos habitantes, o delegado, o padre, o exército, o cinema, gramofone, o trem, uma companhia americana que explora o extrativo de bananas, a exploração dos trabalhadores, a guerra civil, a morte de trabalhadores que reivindicavam seus direitos, a chuva ininterrompida de quase cinco anos, o declínio de Macondo e a sua extinção.

b)      A consanguinidade  entre casais gera grande possibilidade de transtornos genéticos sofridos pelos filhos de pais com algum coeficiente de parentesco. Tais crianças estão em maior risco de transtornos congênitos, morte e deficiência física e de desenvolvimento, o risco é proporcional ao coeficiente de parentesco dos pais - uma medida de quão geneticamente perto os pais são relacionados. Este tema no livro é exarcebado.

c) Foi um massacre de trabalhadores da United Fruit Company ocorrido em 6 de dezembro de 1928 na cidade de Aracataca (Magdalena), nas proximidades de Santa Marta, Colômbia. Após oficiais americanos, juntamente com representantes da United Fruits apontarem a greve dos trabalhadores como "comunista" e com "tendências subversivas"
As tropas posicionaram suas metralhadoras nos telhados dos prédios baixos nas esquinas da praça principal, fecharam as ruas de acesso e, após um aviso de cinco minutos, abriram fogo contra uma densa multidão de trabalhadores E suas famílias que tinham se reunido após a Missa de Domingo para esperar por uma resposta antecipada do governador. No livro a citação da morte de vários trabalhadores e contada por dois gêmeos o  José Arcandio Segundo.
d)     Na Colômbia entre 1899 e 1902 ocorreu um confronto civil na Colômbia, foi denominado Guerra de 1000 dias. Os opositores eram conversadores x liberais guerrilheiros.
“A partir da Constituição de 1886 foi estabelecido um acordo com o Vaticano. Segundo o mesmo, a educação dos colombianos deveria ser gerida pela Igreja Católica. Esta iniciativa gerou um profundo descontentamento entre os liberais.
Do ponto de vista político, o país se encontrava em uma situação de instabilidade permanente e havia uma atmosfera social de hostilidade entre o Partido Liberal e o Partido Conservador.
Em 1899, a economia colombiana desabou como consequência dos baixos preços do café nos mercados internacionais. O triunfo eleitoral dos conservadores nas eleições de 1899 foi questionado pelos liberais.”
Esta guerra civil é narrada com início com o filho mais amado por Úrsula Areliano.
Os fatos da Guerra foi extráido do site: https://conceitos.com/guerra-mil-dias/

e)      Úrsula e Pilar viveram por mais de 100 anos.

f)       A vida é cíclica e a solidão traz a cada personagem um significado.





quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Todo dia a mesma noite - Boate Kiss - Daniela Arbex

Todo dia a mesma Noite
Daniela Arbex


Resenha


Eu acompanhei o incêndio da boate Kiss, na mídia, e até escrevi em meu blog sobre o evento.
No dia 27 de janeiro de 2013 aconteceu um incêndio na Boate Kiss, no Município de Santa Maria, Porto Alegre, no qual morreram 242 vítimas fatais e centenas  de feridos.
Neste evento, várias causas se destacaram para a ocorrência: ganância por dinheiro, omissão de autoridades... As vítimas jovens estavam ali para se divertir e quem deveria se preocupar com a segurança deles? O empresário da boate, o responsável pela liberação do local, não havia autorização de vários alvarás, mas funcionava... Reclamações de barulhos, mas funcionava.... Excesso de pessoas, mas funcionava.... O revestimento acústico colocado era de péssima qualidade. Com o incêndio, liberou o cianeto que mata em quatro a cinco minutos....
O gás cianeto foi usado nas câmaras de gás nazistas... página 165.
A ganância e a corrupção estão entrelaçadas, meu pensamento, exemplos no Rio de Janeiro com a queda do prédio (Palace II em 1998- O prédio tinha graves defeitos de estrutura e acabamento, o que motivou a interdição pela Defesa Civil. Apesar do risco, 30 moradores buscavam seus pertences quando aconteceu o desabamento. Oito pessoas morreram soterradas. https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/vinte-anos-apos-a-queda-do-edificio-palace-2-moradores-ainda-lutam-para-receber-indenizacoes.ghtml) ou da queda da ciclovia na Barra ( 2015 - 2 mortos).
Quem sofre?
As vítimas, as famílias, os amigos...
Talvez, relatando o terror de cada pai e mãe, quem perdeu ser filho possa levar a reflexão e a empatia por justiça.
E continuam as “catástrofes” criminosas.
O livro é um alerta, mas o cidadão deve atuar, fiscalizar e cobrar as sanções destas iniquidades.


terça-feira, 28 de agosto de 2018

Depois de Auschwitz - Eva Schloss

Depois de Auschwitz
Eva Schloss


Resenha


No relato de Eva Schloss ( nasceu na Áustria e fugiu para Holanda, ambos países dominados  pelo poderio nazista) tem certas particularidades seu pai e o irmão morreram no campo de concentração. Como Fritz e Eva resistiram ao campo de concentração, as doenças, aos trabalhos extenuantes e ficaram livres com a chegada dos Soviéticos em 27 de Janeiro de 1945 do campo de Auchswitz.  Existe um livro anterior narrando o tempo que Eva passou no campo: A história de Eva.
Fritz, viúva, casa-se com Otto Frank, viúvo, pai de Anne Frank (famosa pelo seu diário).
Relato da barbárie e a maneira de reerguer-se para continuar a vida, mas com sequelas emocionais depois de passar por um trauma dos nazistas que aniquilavam a identidade dos judeus, humilhavam-nos e tinham a técnica de espoliar seus bens e vidas.
O que sombra para aquele que sobrevive?
Ela se casa e passa a morar em Londres. A vida de Fritz e do padrasto Otto. A figura de Anne Frank na vida deles e muito mais...
No livro há respostas e pistas como o ser humano é um ser realmente complexo.
Mas, algo deve ser recorrente a intolerância é algo injustificável.
Excelente livro.



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O Diário de Hélène Berr - Um relato da ocupação nazista de Paris.

O Diário de Hélène Berr
Um relato da ocupação nazista de Paris


Resenha


É incrível o impacto dos diários e das biografias dos sobreviventes do holocausto.
É impressionante este diário de uma judia francesa, jovem, culta, de habilidades musicais, de alma vasta de indagações sobre a vida, a morte, do horror da perseguição aos judeus.
Hélene seu diário inicia-se na dúvida do amor e vai  se moldando a uma jovem que ama, mas pungida pelas incertezas, pela empatia das dores de tantos judeus deportados, dizimados, presos, torturados...
Cito uma frase do poeta Keats, que ela cita no seu diário como síntese da própria Héléne:
"A excelência de uma arte está na sua intensidade."
Hélène é a excelência do ser humano pela sua intensidade, embora curta em sua existência.
Que beleza de alma!
Hélène vive em suas recordações escritas
"A única experiência de imortalidade da alma que podemos ter com certeza é essa imortalidade que consiste na permanência, entre os vivos, da lembrança dos mortos." página 258.
O diário de Hélène é uma preciosidade para refletir como o homem pode fazer tal mal e forjar a destruição.

domingo, 26 de agosto de 2018

As mulheres ocultas de Cabul - Jenny Nordberg

As mulheres ocultas de cabul
Jenny Nordeberg


Resenha

Eu terminei a leitura e sinto um misto de raiva e tristeza em relação à vida degradante de muitas mulheres, crianças e adolescentes, que tem o gênero feminino.
Moro, no Brasil, no Rio de Janeiro e estou sempre convivendo com o preconceito velado por ser mulher e ter voz.
Imagine uma menina nascendo no Afeganistão que não tem valor. A herança não irá para mulher. Os filhos são do esposo. Não pode sair sem um homem, parente ou marido?
Neste patriarcado o homem é senhor, mesmo iletrado...
Aliás, a maioria dos conselheiros religiosos são iletrados e interpretam a sua maneira o Alcorão.
O dinheiro encaminhado para o estudo das crianças/mulheres desviados pela corrupção.
Enfim, é uma inquidade a sociedade na qual grassa a violência doméstica e a mulher é tolhida e pertencente ao homem.
As meninas invisíveis, são aquelas que na idade infantil se veste com roupas masculinas, por necessidade para trabalhar ou fugir de matrimônio indesejável ou como magia para que a mãe venha parir um filho (júbilo). São chamadas bacha posh, aquelas meninas que se vestem de menino para muitas vezes sobreviver numa sociedade disfuncional.
Livro necessário.



sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Um corpo na Biblioteca - Agatha Christie

Um corpo na Biblioteca
Agatha Christie


Resenha


A rainha dos romances policiais é realmente muito ardilosa em construir estórias.
O que acontece quando um casal, alertado pela empregada, encontra um cadáver de uma jovem mulher no tapete da Biblioteca?
Nesta casa tem mordomo, mas, ele e ninguém desta residência conhecem o cadáver ou estão envolvidos no crime.
Não é intrigante?
Mas, ainda, quando a Miss Marple amiga da dona da casa detetive amadora irá procurar as pistas para encontrar o autor do crime.
Fica mais complicado o caso, quando outro cadáver feminino é encontrado carbonizado dentro de um carro incendiado.
São muitas reviravoltas no caso e o leitor irá viajar em mais uma narrativa envolvente.




Um pouco sobre Drummond de Andrade


Extraído do site https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade

"Drummond nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Sua memória dessa cidade viria a permear parte de sua obra. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas no Brasil. Posteriormente, foi estudar no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, e no Colégio Anchieta, dos jesuítas, em Nova Friburgo. Formado em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil.

Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, 1954. Arquivo Nacional.
Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (e a quem é dedicado o poema "O que viveu meia hora", presente em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta Drummond de Andrade.

No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de férias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Existe colaboração de sua autoria no semanário Mundo Literário [9] (1946–1948). Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguisse escrevendo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha.  Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas. Sua morte ocorreu por infarto do miocárdio e insuficiência respiratória.

Em 1987, meses antes de sua morte, a escola de samba Mangueira o homenageou no Carnaval com o enredo "O Reino das Palavras", sagrando-se campeã do Carnaval Carioca naquele ano."
Foto extraída do google



quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O Homem do terno Marrom - Agatha Christie


O homem do terno Marrom
Agatha Christie


Resenha


Agatha Christie sempre surpreende os leitores. O romance tem ingredientes a mais: a narrativa, no qual personagens fazem uma espécie de diário. Em que se percebe: a  mesma situação e os personagens percepções diferentes, como os seres humanos.
Anne será a investigadora por ser envolver casualmente com uma morte.  Ela é testemunha de um acidente com homem que morre caindo sobre os trilhos elétricos. Ela começa a se interessar sobre o caso e vai se inteirando do quebra-cabeça.
Sim! Ela correrá risco de vida. Mas, ela é tinhosa e corajosa.
Ela não descansará para saber toda a verdade.
O final surpreende o leitor  e a corajosa Anne.
É aquele romance com muitas reviravoltas, que o leitor ama.



Um pouco sobre Albert Camus

Extraído do site https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus

"Albert Camus (francês: [albɛʁ kamy] ( ouvir) (Mondovi, 7 de novembro de 1913 — Villeblevin, 4 de janeiro de 1960) foi um escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta francês nascido na Argélia. Ele também atuou como jornalista militante envolvido na Resistência Francesa, situando-se próximo às correntes libertárias durante as batalhas morais no período pós-guerra. Seu profícuo trabalho inclui peças de teatro, novelas, notícias, filmes, poemas e ensaios onde ele desenvolveu um humanismo baseado na consciência do absurdo da condição humana e na revolta como uma resposta a esse absurdo. Para Camus, essa revolta leva à ação e fornece sentido ao mundo e à existência, e então "Nasce então a estranha alegria que nos ajuda a viver e a morrer".[4] Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957.

A curta carreira de Camus como jornalista do Combat foi ousada. Atuando como periodista, ele tomou posições incisivas em relação a Guerra de Independência Argelina e ao Partido Comunista Francês.Ao longo de sua carreira, Camus se envolveu em diversas causas sociais, protestando veementemente contra as desigualdades que atingiam os muçulmanos no norte da África, defendendo os exilados espanhóis antifascistas e as vítimas do stalinismo. Ele ainda foi um entusiasmado defensor da objeção de consciência.

À margem de outras correntes filosóficas, Camus foi, sobretudo, uma testemunha de seu tempo. Intransigente, recusou qualquer filiação ideológica. Lutou energicamente contra todas as ideologias e abstrações que deturpavam a natureza humana. Dessa maneira ele foi levado a se opor ao existencialismo e ao marxismo, discordando de Jean-Paul Sartre e de seus antigos amigos. Camus incorporou uma das mais elevadas consciências morais do século XX; o humanismo de seus escritos foi fundamentado na experiência de alguns dos piores momentos da história. Sua crítica ao totalitarismo soviético lhe rendeu diversas 
retaliações e culminou na desavença intelectual com seu antigo colega Sartre."
Algumas obras:
·         O estrangeiro), 1942, romance
·         O mito de Sísifo, 1942, ensaio sobre o absurdo
·         Os justos  Peça em 5 atos, Editor Gallimard, Folio teatro, 2008
·         Calígula (primeira versão em 1941), Peça em 4 atos.
·         A peste , Editor Gallimard, Coleção Folio, 1972, ISBN 2-07-036042-3
·         O homem revoltado....
Morreu em janeiro de 1960, em acidente de automóvel.
Foto extraída no Google.


terça-feira, 21 de agosto de 2018

O menino da Lista de Schindler - Leon Leyson com Marilyn J. Harran e Elisabeth B. Leyson


O menino na lista de Schindler
Leon com Marilyn J, Harran e Elisabeth B Leyson

Resenha



Existem vários livros sobre o holocausto, alguns com base em fatos reais de famílias, crianças, adolescentes e muitos conseguiram sobreviver e conta os horrores por quais passaram.
Todas as histórias são tocantes e únicas.
A pergunta é por que aconteceu tal barbárie?
Por que o homem não aprende com tais atos de intolerância?
Leon e a sua família é da Polônia. Ele foi crescendo e notando que ao passar dos anos ser judeu era ser diferente, estigmatizado, a ponto de seus direitos de ir a escola interrompido.
De sair de sua residência para um gueto por ordem nazista e de lá para o campo de concentração de Plaszów.
No caso de Leon, a diferença fundamental é que seu pai trabalhou com empresário alemão Oscar Schindler e este empresário colocou em sua fábrica o irmão David, mais tarde a mãe Chana, Leon e Pesza. O campo tinha uma instalação da fábrica e, quase no final da Guerra, conseguiu instalar uma fábrica  de munição no campo de concentração em Brünnlitz ao campo realocado até a liberdade em 8 de maio de 1945.
Leon  set de 1939 tinha dez anos, quando a Polônia foi invadida pelos alemães, portanto, vivenciou grande parte dos horrores, como criança e adoslescente: o medo, a tortura, a fome e a perda de dois irmãos: Tsalig e Hershel.
Em 1949, Leon (19 anos) o pai e a mãe estavam reiniciando a vida nos EUA.
Leon viveu escondendo ou omitindo o seu passado e ficou  conhecido ao público em 1994, por causa de uma entrevista em jornal.
O livro foi publicado depois de sua morte em 2013.
E dá cada mais reflexão a vida dos judeus na 2ª Guerra Mundial.
Livro recomendado.



segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Eu sobrevivi ao Holocausto - Nanette Blitz Konig


Eu sobrevivi ao Holocausto
Nanette Blitz Koning


Resenha


Nanette Blitz Konig foi amiga de Anne Frank no Liceu Judaico, quando na Holanda os "Judeus" começaram a ser isolados dos holandeses. Cinema, transporte públicos, cinemas, comércios tinham uma placa: Proibido para Judeus. Nanette era adolescente, quando teve que trocar o seu colégio cristão para um colégio judaico. As mudanças foram realizadas com a invasão da Alemanha a Holanda em 10/05/1940. O pai conceituado empregado foi demitido do Banco e finalmente sua família foi expulsa de casa pelos nazistas encaminhada ao campo de transição  para o campo de Westerbork, em set de 1943, na Holanda e em 14/02/1944 para o campo de concentração de Bergen-Belsen na Alemanha.
A casa, mobília da família e todos outros objetos?
Espoliados pelos nazistas.
Enquanto havia a possibilidade da família ser trocada por presos alemãs, eles ainda ficavam em tinham um "tratamento diferenciado". No entanto, quando o pai morre infartado o seu irmão e levado para outro campo de concentração e a mãe para um trabalho altamente extenuado em fábrica de componentes de aviões.
Nanette ficou sozinha no campo de Bergen-Belsen. Lá emagreceu por falta de alimentos e estava exaurida na cama, quando os britânicos libertam Bergen-Belsen em abril de 1945. A desnutrição era tão séria que 2.000 não resistiram à alimentação. O tifo era a doença que mais matava no campo.
Nanette logo foi atingida por tifo  e ficou em coma, por duas semanas, depois teve tuberculose e pleurite , ficando  internada em um sanatório por três anos na Holanda.
Ela teve notícias de que sua mãe estava morta como, ainda, seu irmão.
"Ao todo mais de seis milhões de judeus foram mortos nos diversos campos de concentração, campos de extermínio e guetos impostos pelos nazistas" pag. 140
Após a sua saída do sanatório chegou a morar com tios em Londres, estudou secretariado e trabalhou num Banco. Em Londres conheceu seu marido John, casaram-se e estabeleceram residência, em São Paulo, Brasil. Teve três filhos.
O livro é autobiográfico e a permanente reflexão de que os nazistas humilhavam, aterrorizaram, destituíram os direitos e bens com os fins de exterminação dos judeus.

" O livro é "em prol da liberdade e da tolerância."pg.190.
Há fotos importantes e históricas e o livro e um exemplo de como a intolerância, a arrogância e a falácia de raça superior somente forja uma fábrica de horrores.
Livro necessário.


domingo, 19 de agosto de 2018

Eu sou o último sobrevivente - Chil Rajchaman

Eu sou o último obrevivente
Treblinka (1942-1943)
Chil Rajchman



O autor, por meio de um relato sem fôlego, narra a sua sobrevivência no campo de extermínio de Treblinka. É uma autobiografia descritiva sem tempo para emoção. Chil se forçou a contar de forma a descrever o máximo as suas tarefas, a rotina dura, a morte à espreita, o ritual dos assassinatos pelos nazistas  e ucranianos. Chil ficou por dez meses no campo e saiu por meio de motim no campo em agosto de 1943.
O campo de extermínio era um fábrica de espoliar os bens, roupas, dentes de ouro, cabelos dos judeus.
Os nazistas organizavam perfeitamente com procedimentos em que as vítimas depositavam as suas roupas, amarravam os cadarços de seus sapatos e entravam nus nas  câmeras de gás.
Após, os judeus (utilitários) retiravam os corpos e queimavam em grandes fogueiras. Os nazistas queriam  reduzir em cinzas milhares de judeus (750.000 em Treblinka).
Alguns judeus eram escolhidos para sobreviver e serem usados como arrancar dentes de ouro, prótese dentárias, cortar os cabelos das mulheres (tosar), antes de matá-las.
Os nazistas eram pervertidos em atrocidades, ao cinismo, a mentira, espancar, matar, espoliar, ceifar vidas, foram muito mais de que simples soldados, foram tomados pelo ódio de judeus, a quem humilhavam, execravam, torturavam, sem acreditar que alguém sobrevivesse para testemunhar os horrores forjados por nazistas em campos de extermínio.
O horror e a barbárie constantes no nazismo devem abstrair qualquer tipo de exclusão de etnia, raça, crença e sim: o respeito ao ser humano.



O velho e o Mar - Ernest Hemingway

O velho e o Mar
Ernest Hemingway
Páginas:124

Resenha

Santiago um pescador, já idoso e morando em uma cabana em Cuba, que ainda está na ativa, porém há 84 dias nada pescou. O seu ajudante, garoto, teve que deixá-lo por ordem do pai para acompanhar outro pescador, após 40 dias sem pescar.
Então, no 85º dia está o Santiago sozinho e muito distante e fisga um grande peixe e trava com ele um grande duelo. Passa três dias assim...
A saudade de Santiago do seu ajudante, as conversas sozinhas, os sinais das aves, enfim: é um majestoso ode ao amor ao mar, ao respeito, a vida simples de um pescador.
A luta constante e a perseverança de Santiago são testadas ao máximo nesta aventura.
O livro é maravilhoso.

Amor: a magia da Vida - Elisabete Bastos e Mauricio Corrêa - Resenha de Ana Cláudia Duarte



Resenha:
Amor: a magia da vida
Autores: Elisabete Bastos e Mauricio Corrêa
Editora Autografia

Um belo livro de poesias, onde a beleza já se manifesta na capa, que é maravilhosa.
Um livro onde os autores mostram em cada poesia, seu mais puro interior. São poesias que nos fazem pensar, refletir, fazendo com que em alguns momentos nos identifiquemos com as mais lindas palavras ditas.
As poesias contidas neste livro nos emocionam, nos fazem viajar em nossa própria mente.
É um livro maravilhoso para ser lido e relido várias e várias vezes, aos poucos e refletindo ou para ler numa "piscada". Você escolhe! 😉😉
Vou mostrar uma das poesias para que tenham uma breve referência do quão lindo esse livro pode ser...

A VIDA COMO UMA RODA-GIGANTE

Pense na vida como uma roda-gigante,
Em que não se vai, nunca, adiante,
Apenas se roda, sem sair do lugar,
Tão só se gira, gira, sem parar!

Então, imagine que o seu começo
Não terá um fim, mas recomeço,
E que os que correm, por aí, a vagar,
Deveriam aprender a ir mais devagar!

Por fim, perceba que a vida deve ser levada
Como uma roda-gigante que, se aproveitada,
Levará você a, quando dela afinal descer,
E, para frente afinal, poderá se mexer!

Obs: poesia retirada do próprio livro, pág. 25.

Vale a pena conferir, recomendadíssimo!!!!!
Escrito por Ana Cláudia Duarte


Orgulho e Preconceito - Jane Austen

Orgulho e Preconceito
Jane Austen

Resenha

O romance publicado em 1813 por uma escritora, pela primeira vez, que resultou várias novelas, filmes, peças de teatros e milhões de livros no mundo inteiro. Ainda, é um célebre romance. 
Em um cidade perto de Londres vive Elizabeth Bennet, a segunda filha dentre cinco irmãs.
O desejo da mãe é que as filhas se casem com homens ricos. No entanto, a família não é aquinhoada em dinheiro ou tradição. Portanto, fica difícil tal empreitada.
Ainda, existe uma espada na cabeça da família Bennet  a casa não iria para a herança das filhas mas para o primo Mr. Collins. Aliás este primo pede em casamento Elizabeth, que ousa dizer não. Mas, ele não se importa casa com a amiga de Elizabeth.
O livro no início do século XIX, que tem somente o flerte, dança de salão, o canto, a leitura, os trabalhos manuais, a cavalgada, como pode atrair tantos leitores até o século XXI?
Uma hipótese é a personagem Elizabeth forte, inteligente, justa, que não se esmorece ante às vicissitudes de sua família e com o tempo terá a admiração e o amor de Mr. Darcy, homem muito rico.
É um romance e(terno) e lindo.

sábado, 18 de agosto de 2018

A leitura é mágica.


Um pouco sobre Cora Coralina

Extraído do wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina


"Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que adotou o pseudônimo de Cora Coralina, era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Ela nasceu e foi criada às margens do Rio Vermelho. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa (Goiás).

Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista e nos periódicos de outros rincões, assim como a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917. Apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina (Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920)). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX" (Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66), "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p. 1, 10 de maio de 1906. No jornal Tribuna Espírita - Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1905.

Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.

Em 1911, foi para o estado de São Paulo com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, que exercia o cargo de Chefe de Polícia, equivalente ao de secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912, onde viveu durante 45 anos, inicialmente no município de Jaboticabal onde nasceram seus seis filhos: Paraguaçu, Eneas, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. Ísis e Eneas morreram logo depois de nascer. Em 1924, mudou para São Paulo. Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.

Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Seu filho Cantídio participou da Revolução Constitucionalista de 1932.

Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, cidade que atualmente, mantém uma casa da cultura com seu nome, em homenagem. Em 1956, retorna a Goiás.

Ao completar 50 anos, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD.

Cora Coralina faleceu em Goiânia, de pneumonia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Primeiros passos literários
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.

Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito."

Foto extraída do Google.


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A Promessa & Pane Friedrich Dürrenmat

A promessa & Pane
Friedrich Durrenmatt
Páginas: 220


Resenha



O autor Friedrich Dürrenmatt é suíço. A promessa é um antagonismo do romance policial clássico, eis que a morte de uma menina no bosque faz um investigador tarimbado não conseguir êxito na investigação. Aliás, chega às portas da loucura. Os leitores ficam sabendo quem foi o assassino de forma mais prosaica. Uma crítica do autor de forma mordaz ao sucesso dos romances policiais e cria uma situação estressante para os personagens e para os leitores?
Já A Pane temos um caixeiro-viajante que tem uma pane em seu veículo numa cidade e pernoita numa mansão, na qual três idosos: ex-juiz, ex-promotor, ex-defensor irão jogar com anuência do caixeiro, por meio de uma encenação de um julgamento. Há muita bebida, comida neste julgamento e no final, o autor nos brinda com um final surpreendente.
As histórias são intrigantes e uma narrativa que tenta sempre iludir ou deixar perplexo o leitor.


"Aviso - A leitura prejudica seriamente a ignorância" a.d


As crianças esquecidas de Hitler - Ingrid Von Olhafen & Tim Tate

As crianças esquecidas de Hitler
Ingrid Von Olhafen & Tim Tate

Resenha

A Segunda Guerra tem histórias e invenções bárbaras pelos nazistas como afastar bebês loiros, brancos, olhos claros dos pais de países conquistados pela Alemanha.
Normalmente, tais pais foram exterminados nos campos de concentrações.
Os bebês eram encaminhados a famílias alemães, que cumpriam a missão de resguardar a pureza racial.
Imaginem o efeito no coração e mente destas crianças, que se tornaram adultos?
Livro surpreendente em relação aos experimentos cruéis nazistas em relação aos seres humanos.


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Um pouco sobre a vida do meu poeta preferido: Mario Quintana

Extraído do site da wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Quintana


"Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.

Mário Quintana fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.

Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
Mário Quintana não se casou nem teve filhos. Solitário, viveu grande parte da vida em hotéis: de 1968 a 1980, residiu no Hotel Majestic, no centro histórico de Porto Alegre, de onde foi despejado quando o jornal Correio do Povo encerrou temporariamente suas atividades por problemas financeiros,[1] e Quintana, sem salário, deixou de pagar o aluguel do quarto.[2] Na ocasião, o comentarista esportivo e ex-jogador da seleção Paulo Roberto Falcão cedeu a ele um dos quartos do Hotel Royal, de sua propriedade. A uma amiga que achou pequeno o quarto, Quintana disse: "Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas".[3]


Essa mesma amiga, contratada para registrar em fotografia os 80 anos de idade de Quintana, conseguiu um apartamento no Porto Alegre Residence, um apart-hotel no centro da cidade, onde o poeta viveu até sua morte. Ao conhecer o espaço, ele se encantou: "Tem até cozinha!".[3] Em 1982, o prédio do Hotel Majestic, que fora considerado um marco arquitetônico de Porto Alegre, foi tombado. Em 1983, atendendo aos pedidos dos fãs gaúchos do poeta, o governo estadual do Rio Grande do Sul adquiriu o imóvel e transformou-o em centro cultural, batizado como Casa de Cultura Mário Quintana. O quarto do poeta foi reconstruído em uma de suas salas, sob orientação da sobrinha-neta Elena Quintana, que foi secretária dele em 1979 a 1994, quando ele faleceu.[4] Segundo Mário, em entrevista dada a Edla Van Steen em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a vida.[5] Faleceu em 1994 aos 87 anos em Porto Alegre...."
Foto extraída do pensador


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Um pouco da vida de Clarice Lispector

Extraído do site wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Clarice_Lispector


"Clarice Lispector (Chechelnyk, 10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalistanascida na Ucrânia e naturalizada brasileira — que declarava, quanto a sua brasilidade, ser pernambucana —, autora de romances, contos e ensaios, sendo considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Sua obra está repleta de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, reputando-se como uma de suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do cotidiano.

Nasceu em uma família judaica da Rússia que perdeu suas rendas com a Guerra Civil Russa e se viu obrigada a emigrar em decorrência da perseguição a judeus, à época, a qual resultou em diversos extermínios em massa. Clarice chegou ao Brasil, ainda pequena, em 1922, com seus pais e duas irmãs.[nota 1] A escritora dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil. Inicialmente, a família passou um breve período em Maceió, até se mudar para o Recife, onde Clarice cresceu e onde, aos oito anos, perdeu a mãe. Aos quatorze anos de idade transferiu-se com o pai e as irmãs para o Rio de Janeiro, local em que a família se estabilizou e onde o seu pai viria a falecer, em 1940.[1]

Estudou direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecida como Universidade do Brasil, apesar de, na época, ter demonstrado mais interesse pelo meio literário, no qual ingressou precocemente como tradutora, logo se consagrando como escritora, jornalista, contista e ensaísta, tornando-se uma das figuras mais influentes da literatura brasileira e do modernismo e sendo considerada uma das principais influências da nova geração de escritores brasileiros. É incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século XX.

Suas principais obras marcam cada período de sua carreira. Perto do Coração Selvagem foi seu livro de estreia; Laços de Família, A Paixão segundo G.H., A Hora da Estrela e Um Sopro de Vida são seus últimos livros publicados. Faleceu em 1977, um dia antes de completar 57 anos, em decorrência de um câncer de ovário. Deixou dois filhos e uma vasta obra literária composta de romances, novelas, contos, crônicas, literatura infantil e entrevistas."
Foto extraída do mesmo endereço da web


terça-feira, 14 de agosto de 2018

O Vermelho e o Negro - Stendhal

O vermelho e o Negro
Stendhal

Resenha

O romance ainda está muito tumultuado com as questões políticas e sociais, após Revolução Francesa, a queda da monarquia, morte na guilhotina de Luis XVI, governo do terror (Robespierre), Napoleão Bonaparte, a volta da monarquia republicana Luis XVIII.
Neste contexto é desenvolvido este romance atípico, pelos estágios por que passaram a França.
Assim, Julien Soré, filho de um carpinteiro, jovem, inteligente, extremamente orgulhoso, conhecedor do latim e da bíblia tendo como ídolo Napoleão Bonaparte foi preceptor dos filhos do Prefeito. Frequentou o seminário, foi secretário de Marquês em Paris.
Na vida amorosa foi muito conflituoso, com muito ímpeto e com o temperamento volátil traz reviravoltas impressionantes no romance.
O final surpreende.
Leitura válida, eis que foi escrito no século XIX.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul - Deborah Rodriguez

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul
Deborah Rodriguez
Páginas: 303





O livro traz o rastro da cultura muçulmana, o Afeganistão, as lutas intermináveis, a falta de voz da mulher, a mulher invisível, de propriedade do homem. O suplício do Talibã na vida das pessoas, mas, sobretudo, da falta total de direitos da mulher.
Portanto, narrativas sobre este tema temos muitos de ficção ou não, por exemplo, Eu sou Malala, A costureira de Dashau, o Livreiro de Cabul...
Ficção: Sob o Céu de Cabul e este de uma casa de Chá no meio de lugar inóspito, perigoso, de bombas...
Neste estabelecimento: 5 mulheres se conheceram e darão o toque diferente pela  visão feminina em um lugar sem voz para mulheres.
Isto reside em uma narrativa envolvente, que faz o leitor agarra-se em cada página inebriado e querendo mais...
Um romance envolvente.



domingo, 12 de agosto de 2018

Sob o céu de Cabul - Andrea Busfield

Sob o céu de Cabul
Andrea Busfield


Resenha

O romance é muito bem engendrado numa narrativa por uma perspectiva de um menino inteligente Fawada, sensível que narra as contradições em seu país Afeganistão, o rumo do seu país com o Talibã e, após, a tentativa de seguir em frente com tantos traumas, fantasmas...
A solidariedade e o amor mudando pessoas e caminhos...
Uma visão de futuro.
A perspectiva de reconstrução, de superação, de seguir em frente...
Um respeito às diferenças...
Enfim um romance estiloso e com bastante charme.


sábado, 11 de agosto de 2018

Shinsetsu O Poder da Gentileza - Clóvis de Barros

Shinsetsu O Poder da gentileza
Clóvis de Barros
Páginas: 269

Resenha

O autor busca fazer analogia com o livro a arte da guerra  "suntsu" , é um tratado militar escrito durante o século IV a.C. com a arte de agir em paz, conhecer o outro, ter empatia, utilizando de uma palavras japonesa shinsetsu. O livro tem muitos exemplos da vida, de personagens, de filosofia, de mitologia e da prática do autor como palestrante.....
Enfim, o livro tem vários espectros e talvez se perca com tantos caminhos.
Achei a ideia grandiosa, mas a prática foi aquém...
Mas, serve como reflexão de sermos menos egoístas e mais solidários.


O ladrão de Casaca - Maurice Leblanc


O ladrão de Casaca
Maurice Leblanc
Páginas: 188


Resenha

A introdução é extremamente interessante, eis que temos a biografia de Arséne Lupin, estratégia, personalidade, ainda, o seu autor Maurice Leblante, mestre do romance policial francês.
Desenvolvem-se sete contos de extrema perspicácia, no qual o refinada ladrão dos ricos, estelionatários, demonstra sua faceta arguta, que gosta de correr riscos de ser descoberto.
O seu rosto, sua altura, cor de cabelo deste ladrão é uma incógnita, eis que ele tem muitos disfarces. Local de suas empreitadas na França a partir de 1880, quando tinha apenas seis anos e surrupiou um colar, para se vingar dos maus-tratos em relação a mãe empregada doméstica.
Sabe você se apaixona por este fino e requintado ladrão, que cumpre sua palavra e do seu modo vai fazendo justiça.
Ficou interessado?
Romance clássico com grande fôlego.