Extraído do site da wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Quintana
"Mário de Miranda Quintana
(Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta,
tradutor e jornalista brasileiro.
Mário Quintana fez as primeiras
letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou
no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias.
Trabalhou para a Editora Globo e depois na farmácia paterna. Considerado o
"poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela
profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda
a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal,
entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia
Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.
Em 1953, Quintana trabalhou no
jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos
sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de
poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e
autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta
poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para
comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na
Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o
poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano
ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor
livro do ano. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha Negrinho do
Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio
Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
Mário Quintana não se casou nem teve filhos. Solitário,
viveu grande parte da vida em hotéis: de 1968 a 1980, residiu no Hotel Majestic,
no centro histórico de Porto Alegre, de onde foi despejado quando o jornal
Correio do Povo encerrou temporariamente suas atividades por problemas
financeiros,[1] e Quintana, sem salário, deixou de pagar o aluguel do
quarto.[2] Na ocasião, o comentarista esportivo e ex-jogador da seleção Paulo
Roberto Falcão cedeu a ele um dos quartos do Hotel Royal, de sua propriedade. A
uma amiga que achou pequeno o quarto, Quintana disse: "Eu moro em mim
mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares
para perder as minhas coisas".[3]
Essa mesma amiga, contratada para registrar em fotografia os
80 anos de idade de Quintana, conseguiu um apartamento no Porto Alegre
Residence, um apart-hotel no centro da cidade, onde o poeta viveu até sua
morte. Ao conhecer o espaço, ele se encantou: "Tem até cozinha!".[3]
Em 1982, o prédio do Hotel Majestic, que fora considerado um marco
arquitetônico de Porto Alegre, foi tombado. Em 1983, atendendo aos pedidos dos
fãs gaúchos do poeta, o governo estadual do Rio Grande do Sul adquiriu o imóvel
e transformou-o em centro cultural, batizado como Casa de Cultura Mário
Quintana. O quarto do poeta foi reconstruído em uma de suas salas, sob
orientação da sobrinha-neta Elena Quintana, que foi secretária dele em 1979 a
1994, quando ele faleceu.[4] Segundo Mário, em entrevista dada a Edla Van Steen
em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a
vida.[5] Faleceu em 1994 aos 87 anos em Porto Alegre...."
Foto extraída do pensador
Nenhum comentário:
Postar um comentário